Como fomentar esse intercâmbio, na prática? Entenda o que é
Relação Intergeracional é o nome dado aos vínculos que se estabelecem entre pessoas de gerações distintas e possibilita o cruzamento de experiências e saberes. Essas trocas são construídas socialmente, e podem acontecer dentro ou fora das unidades familiares e ocorrerem espontaneamente ou de maneira intencional.
Uma Geração engloba as pessoas nascidas numa mesma época que viveram os mesmos acontecimentos históricos. Isso produz certa afinidade no que diz respeito a visão de mundo e formas de participação social.
Conceitualmente estabelece-se o intervalo de tempo entre gerações de 25 a 30 anos.
É por meio do convívio intergeracional que o homem se reconhece como produto de seu tempo e se sente pertencente à cultura da qual faz parte.
(Joel Birman, 1994)
A cultura jovencêntrica ainda dita regras
Na atualidade, muitas empresas têm até quatro gerações trabalhando e convivendo em mesmo espaço.
Apesar de tudo isso, observa-se que, com o envelhecimento, ocorre o aumento do isolamento social e solidão. Mesmo estando os idosos cada vez mais nas ruas, é notável a falta de contato com outras gerações e eles acabam circulando em locais e horários “exclusivos”.
Além disso, na sociedade contemporânea existe uma busca intensa, em todas as idades, de formas de se manter mais jovens: a juventude se tornou uma mercadoria e o medo de envelhecer se tornou comum. Os idosos muitas vezes são vistos como ultrapassados e improdutivos.
Por que esse tema é importante?
Jovens se sentem mais à vontade com as transformações que geralmente assustam e angustiam as gerações anteriores e por isso podem ter importante papel de agentes de socialização dos mais velhos.
Troca e Renovação garantidos
NA SOCIEDADE:
combate aos Preconceitos e Estereótipos Negativos (em especial o Ageísmo ou Idadismo);
desconstrução dos padrões de beleza;
promoção da Cultura do Cuidado, essencial para todos.
PARA TODOS:
ampliação das redes sociais;
aprimoramento das experiências de vida a partir das potencialidades de outra faixa etária;
amadurecimento emocional e melhora da autoestima;
melhora da tolerância e compreensão mútua, à medida que se aprende a conviver com o diferente;
diminuição das percepções negativas com relação às outras faixas etárias e aumento da confiança entre gerações;
contribuição para as pessoas viverem bem todas as fases da vida e terrem atitudes positivas com relação à velhice;
processo de aprendizagem constante, em dupla direção;
incremento do vocabulário e da capacidade de se comunicar;
maior equilíbrio nos relacionamentos, principalmente familiares (lembrando que conflitos podem determinar quadros patológicos: físicos e/ou emocionais
CRIANÇAS E JOVENS:
aprendizado sobre valorização da família,
suporte ao desenvolvimento e reconhecimento de progressos (estudos demonstram melhores resultados na escola);
reconhecimento pelas suas habilidades;
mais autoconfiança e confiança nas pessoas, menos ansiedade;
IDOSOS:
recebem ajuda prática;
envolvimento e suporte social;
melhora da autoestima, humor e vitalidade (prevenção e controle da depressão);
estímulo a independência e autonomia (essenciais para boa qualidade de vida);
contribuição para manutenção da cognição;
autovalorização (reconhecem sua contribuição e se sentem honrados).
O que pode ser diferente?
Relato de uma fisioterapeuta com experiência ampla em Casas de Idosos, quando questionada quanto à importância da Relação Intergeracional e como ela ocorre no dia a dia das instituições:
Os idosos se iluminam, dão conselhos aos pais sobre a criação, brincam e tudo mais. Porém são poucos os familiares que levam suas crianças à ILPI, porque, infelizmente, o idoso não é valorizado e respeitado em todas as classes e ciclos sociais Eles também valorizam muito as relações com os profissionais jovens, quando podem conversar sobre suas vidas pessoais, dar conselhos e ´reviver` experiências anteriores de sua juventude.
Cada um oferece seus tesouros!
Os participantes dessas relações assumem papéis importantes, contribuindo com o que têm de melhor.
Os mais velhos compartilham sua valiosa sabedoria (usando vivências anteriores para lidar com as novas) e são responsáveis pela transmissão da memória cultural de um povo.
Além disso, influenciam fortemente na educação para a velhice e a morte.
Já os mais jovens auxiliam no aprendizado de novas tecnologias e da nova forma de ver o mundo e se relacionar.
Como fomentar a Relação Intergeracional?
O Equilíbrio entre esquecimento e lembrança
Cohousing, coliving ou moradia compartilhada é fácil?
Criança e Idoso: Você acha que a infância e a velhice têm…
Esse processo de coeducação entre crianças, jovens, adultos e velhos deve ser construído ao longo do tempo, e não se estabelece em um encontro isolado.
Existem alguns aspectos a serem observados quando se promove essa troca de maneira intencional, como por exemplo:
ofereça benefícios mútuos, permeando interesses comuns;
nesse contexto, lembre-se de incluir os homens idosos quem no geral, são mais resistentes a participar de atividades em grupo;
atividades lúdicas são bem vindas, desde que adequadas aos participantes (para não infantilizar o idoso e aumentar a segregação);
planeje as ações de acordo com os envolvidos (avalie e elimine os riscos, observe suas capacidades e limitações);
insira o idoso inclusive no planejamento, conhecendo suas particularidades, preferências e seu círculo social além da família;
prepare o grupo para o encontro, expondo o projeto e seus benefícios;
respeite e dialogue sempre com os envolvidos, escute-os a fim de aprimorar a dinâmica;
seja flexível diante das dificuldades. Em geral a adesão a projetos de relação intergeracional começa tímida, mas tende a ganhar força, respeito e admiração dos envolvidos.
Além disso, sugere-se:
capacite os profissionais envolvidos no fomento de troca intergeracional;
inclua ações com essa finalidade na sua rotina.
Como fazer na prática?
As atividades implementadas podem se dar em diferentes contextos:
idosos ajudando crianças/jovens e vice versa;
todos colaborando em serviços comunitários;
todos envolvidos em atividades de aprendizado informal, recreação, lazer, esportes, festivais, dentre outros.
EXEMPLOS DE ATIVIDADES:
conhecer a história e o patrimônio local;
ajudar pessoas carentes – confecção de objetos como bonecos, agasalhos; promoção de rodas de conversas, lanches;
manter hortas/ jardins (planejados com ergonomia);
cozinhar receitas tradicionais e preferidas;
atividade física;
correspondências físicas ou virtuais;
contato online para aprender/ ensinar idiomas, tecnologia e outros assuntos de interesse comum;
conversar sobre religiosidade e conhecer suas diferenças;
compartilhar sonhos e estimulá-los;
pensar sobre trabalho e aposentadoria;
estabelecer comunicação por vias alternativas (imagens, símbolos, libras);
visitar creches, escolas, ILPIs, hospitais, etc.
Idosos podem contribuir muito:
como voluntários em bibliotecas (estimulando interesse pela leitura) e escolas (ajudando no desempenho escolar);
escrevendo e encenando histórias para os mais jovens;
oferecendo suporte para avós “de primeira viagem” que criam netos.
Criação de Novos Espaços
Existe hoje a necessidade de locais que permitam a socialização intergeracional além do círculo familiar, a fim de evitar que o idoso seja destituído dos seus papeis sociais.
Promover a convivência entre gerações de maneira forçada pode acabar sendo um “tiro no pé”, causar rejeição e acabar sendo forma de aumentar o distanciamento.
Vamos praticar?
Agora que você já sabe o que significa Relação Intergeracional, pode perceber que ela acontece naturalmente no cotidiano.
Entretanto, algumas vezes esses contatos não ocorrem de maneira equilibrada e harmônica, dificultando o reconhecimento da sua importância e a “colheita” dos benefícios que eles podem gerar.
Além disso, na prática, muitos idosos ainda continuam num lugar à margem da sociedade. Dessa forma, foram apresentadas sugestões para criar oportunidades de trocas produtivas entre as gerações, de maneira de respeitosa e interessante, para que o engajamento seja desejado e benéfico para todos os envolvidos.
Te convido a refletir sobre a qualidade das suas relações, como elas te auxiliam e o que você oferece ao próximo.
Você tem amigos de todas as idades? De que maneira você acredita que pode contribuir para potencializar suas trocas diárias e fomentar a relação intergeracional?
Renata Sollero / fisioterapeuta
integrante do Movimento LAB60+
colaboradora do portal A Terceira Idade
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